Ler é Resistir: Um Manifesto Contra Leituras Rasas
Em tempos de prateleiras instagramáveis e livros tratados como decoração, defender a leitura de verdade se tornou um ato de coragem.
Vivemos uma era em que o livro deixou, muitas vezes, de ser lido para se tornar apenas exibido. O algoritmo dita tendências, e influencers compram caixas de livros sem ao menos abrirem uma página — tudo por engajamento. Entre unboxings vazios, críticas rasas e desprezo por autores densos, cresce uma cultura que valoriza mais a aparência do leitor do que a experiência da leitura.
Este manifesto é uma resposta.
É um lembrete de que ler com profundidade, pensar criticamente e se deixar transformar por palavras ainda é possível — e necessário.
Não lemos para decorar prateleiras.
Não abrimos páginas para ganhar views.
Lemos para pensar. Para sentir. Para ser.
Livros não são acessórios de estética.
São armadilhas de ideias, espelhos da alma,
labirintos que exigem tempo —
e coragem.
Não importa se você lê fantasia ou finanças,
romance histórico ou poesia minimalista.
O que importa é o mergulho —
e não a pose à beira da água.
Não vamos reduzir Dostoiévski a meme,
Kafka a trend,
Machado a legenda de selfie.
A literatura não existe para nos confortar.
Ela existe para nos provocar.
Por isso, seguimos lendo.
Mesmo que seja lento. Mesmo que não viralize.
Mesmo que ninguém veja.
Porque em tempos de superficialidade,
Ler com profundidade é um ato de resistência.
Não deixe que pensem por você.
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