Um bom texto não nasce pronto. Ele nasce imperfeito, cheio de excessos, repetições, desvios e lacunas que o próprio autor, no calor da criação, nem sempre percebe. Escrever é um ato emocional; revisar é um ato racional. São fases complementares, inseparáveis e igualmente importantes no processo literário. Muitos escritores iniciantes subestimam o poder da revisão, acreditando que ela é apenas uma etapa técnica. Mas a verdade é que a revisão é onde o texto se transforma em literatura . É ali que a voz autoral se consolida, que a estrutura se equilibra e que a emoção encontra clareza. O erro mais comum de quem está começando é confundir “terminar de escrever” com “terminar o texto”. A primeira versão é apenas o ponto de partida. Mesmo grandes autores, como José Saramago, Virginia Woolf ou Gabriel García Márquez, reescreviam incessantemente, ajustando ritmo, sonoridade e coerência até que cada palavra encontrasse o seu lugar. Escrever bem, em grande parte, é saber reescrever. A rev...
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